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24-07-2006

Jorge Greno foi interrompido por alguns moradores


Aveiro - Vereador diz ter sido alvo de tiros de pressão de ar

O vereador da câmara de Aveiro que propôs o alargamento do horário dos bares até às 04:00 na zona da Beira Mar, foi alvo de tiros de pressão de ar, revelou hoje o próprio.

"Estive lá (na Beira Mar) na tarde de sexta-feira e por duas vezes tentaram-me atingir com tiros de pressão de ar" disse hoje Jorge Greno (PSD/CDS-PP), o vereador em causa, numa reunião pública da câmara, em que proprietários de bares e moradores compareceram em grande número, trocando argumentos contra e a favor da decisão camarária.

A Câmara de Aveiro decidiu, por unanimidade, aprovar o alargamento do horário dos bares daquela zona histórica da cidade até às 4:00, a título experimental, até Setembro.

A decisão foi de imediato contestada pela Junta de Freguesia da Vera Cruz, e mesmo pela PSP, através de uma nota de imprensa.

Por seu lado, vereador do vereador do PS Marques Pereira esclareceu que havia votado favoravelmente a proposta no pressuposto de que essas entidades seriam ouvidas.

Quer a Associação dos Bares de Aveiro, favorável ao alargamento, quer a comissão de moradores, que o contestam, mobilizaram os seus representados para comparecerem hoje na reunião pública da câmara, enchendo o salão nobre.

Jorge Greno, o autor da proposta, foi por diversas vezes interrompido por alguns moradores, quando tentava explicar as razões da medida experimental.

No início da sessão, o presidente da Câmara Municipal, Élio Maia (PSD/CDS-PP), tinha referido que "a presença fortíssima dos cidadãos é um hino à democracia e à liberdade, que é para cada um expor os seus pontos de vista e não para impor os pontos de vista".

Num bairro onde habitam 850 pessoas e "o sino da Igreja foi calado porque duas pessoas não conseguiam dormir", o barulho e a insegurança foram as duas principais razões de queixa dos moradores contra o facto dos bares, que fechavam às 02:00, passarem a fechar às 04:00.

A existência de uma significativa população académica residente na cidade, a importância turística daqueles espaços de diversão e a prática seguida noutros concelhos, nomeadamente do distrito, "sujeitos ao mesmo comando da PSP", foram algumas das explicações dadas por Jorge Greno para ter proposto o alargamento.

Para o vereador responsável pelo Turismo, o facto dos bares fecharem todos às 02:00 lança mais gente em simultâneo nas ruas, ocasionando barulhos, enquanto com o horário alargado, as pessoas vão abandonando progressivamente a zona histórica.

Jorge Greno explicou também que "este ano já houve seis períodos de horário alongado e não foram comunicados problemas" na zona, que agora já dispõe de estacionamento.

O presidente da câmara não passou incólume às críticas dos moradores, apesar do apelo que fez ao diálogo entre as partes.

"Fomos recebidos por si e, quando lhe fizemos sentir as nossas preocupações, disse não saber dos rumores do alargamento e garantiu-nos que nos contactaria se a situação se colocasse. Não fomos contactados, nem a Junta, nem a PSP, nem os Bombeiros. Herdaram do executivo anterior uma Beira Mar pacificada e imputo a si e ao executivo tudo o que de mau possa vir a acontecer", criticou José Domingos Maia, da comissão de moradores.

O presidente da junta da Vera Cruz, João Barbosa, recordou que "o presidente da Câmara, numa reunião pública realizada há um mês, quando questionado se iria haver alargamento dos horários, garantiu que nada seria feito sem ouvir as partes interessadas", acusando, por isso, o executivo municipal de "inabilidade" a tratar da questão.

Um dos moradores, Carlos Alberto, lembrou que "a polémica não é de agora", salientando que o anterior executivo municipal "disse sempre não a essa pretensão" dos bares, pelo que, a haver alterações, "a Câmara tinha o dever de ouvir os residentes".

No final das intervenções, o presidente da Câmara reconheceu que se trata "de um problema sério e complexo".

"Esta medida que a Câmara tomou teve o mérito de criar condições para estarmos aqui todos a dizer com frontalidade o que pensamos e com diálogo e respeito vamos encontrar uma solução", declarou Élio Maia.


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